quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Chuchu

Classificação cientifica

Reino:
Plantae
Divisão:
Magnoliophyta
Classe:
Magnoliopsida
Ordem:
Violales
Família:
Cucurbitaceae
Género:
Sechium
Espécie:
S. edule

chuchu (Sechium edule) é uma hortaliça-fruto, ou seja, um vegetal da categoria dos frutos; também é conhecido como machuchocaiota (Açores) ou pimpinela (ilha da Madeira). Existe em abundância na ilha da Madeira, principalmente junto aos cursos de água (ribeiras e nascentes). Em países latinos é conhecido como Chayote, enquanto em países de língua inglesa é conhecido por christophene, vegetable pear, mirliton, choko, starprecianté, citrayota, chow chow (India) or pear squash.
Apesar de ser uma hortaliça, ou seja, poder ser cultivada na horta caseira, é considerada um fruto, tal como o tomate (devido ao fato de suas sementes estarem dentro, resultado da fecundação do óvulo da flor, envolvidas pela parte comestível).
Sua origem é atribuída à América Central em países como Costa Rica e Panamá. Foi registrada pela primeira vez pelo botânico Patrick Browne em 1756. 
Segundo alguns historiadores, essa hortaliça-fruto já era cultivada no Caribe à época do descobrimento da América. É uma trepadeira herbácea da família das cucurbitáceas.
Era bem conhecida na antiguidade pelos astecas e tinha grande destaque entre as demais hortaliças cultivadas na época, devido ao seu sabor característico e bastante suave, podendo ser consumido durante o ano todo. De fácil digestão, rica em fibras e pobre em calorias, bom para um regime alimentar.
Na Madeira, é conhecida por pepinela ou pimpinela e faz parte da gastronomia local, sendo normalmente cozida com feijão com casca, batatas e maçarocas de milho para acompanhar pratos de peixe, normalmente caldeiradas.

Nutrientes: Destaca-se por ser uma fonte de potássio e fornecer vitaminas A e C. O chuchu é uma Cucurbitácea, tal como o pepino, as abóboras, o melão e a melancia.
Do chuchu nada é desperdiçado: podemos consumir as folhas, brotos e raízes da planta, depois de devidamente lavados. Os brotos refogados são ricos em vitaminas B e C e sais minerais como cálciofósforo e ferro.

Variações: Possui uma grande gama de frutos quanto à forma, tamanho e cor. Estes podem ser arredondados ou terem a forma de pêra, mais comummente encontrada nas feiras.
A casca pode ser lisa ou com espinhos, conforme a espécie, sua cor varia do branco ao verde bem escuro. No mercado há preferência pelos frutos de casca verde-clara, sem espinhos, com tamanho de 12 a 18 cm de comprimento (fruto graúdo) e 7 a 10 cm (fruto miúdo). Os frutos quando passados apresentam a casca sem brilho e amarelada e com a ponta mais larga começando a se abrir. Por ser um fruto muito frágil, machuca-se com facilidade e a casca escurece rapidamente quando danificada, portanto deve-se escolher os frutos com cuidado, evitando de ferí-los.
Podemos encontrá-lo já descascado, cortado em cubos e embalado com filmes de plástico, ao natural ou pré cozidos em mercados e locais de grande acesso público.

Conservação: Sempre certifique-se de que esse produto esteja exposto em gôndolas refrigeradas para garantir a sua adequada conservação, pois quando mantido em condição ambiente, estraga-se rapidamente. Os melhores preços de chuchu ocorrem entre os meses de junho a outubro. 
Plantação de chuchu nas Ilhas Reunião
Para conservá-lo, deve-se mantê-lo em condição ambiente entre 3 a 5 dias depois de colhidos, pois murcham muito rapidamente. Podemos conservá-lo por maior tempo entre 6 a 8 dias, na parte de baixo da geladeira, embalados em saco de plástico, caso contrário queimam-se com o frio pois são sensíveis a temperaturas baixas. O produto já descascado e picado conserva-se por até 3 dias após seu preparo, desde que mantido embalado em vasilha tampada ou em saco de plástico, na gaveta inferior da geladeira.
Para consumi-los não devemos comê-los crus, pois são duros para mastigar e quando os cortamos e o descascamos crus, devemos fazê-lo em baixo de água corrente pois estes têm um líquido que gruda nas mãos. Podem ser cozidos e refogados, podemos transformá-los em cremes, sopas, suflês, bolo ou salada fria. Para consumo como refogado ou salada, escolha os frutos mais novos e menores e com casca brilhante.
Quando os frutos estão maduros, com a parte de baixo se abrindo, são excelentes para a elaboração de suflês, pois são mais consistentes e têm mais fibra. A casca pode ser removida antes ou após o cozimento. Quando os frutos estão bem novos podem ser consumidos com casca e miolo.

Doenças: fungo Vassoura-de-bruxa já foi encontrada no Rio de janeiro, São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Paraná e mais recentemente no Espirito Santo causando extensos prejuízos aos produtores. Variações dessa doença também afetam o cacau, a batata-doce e o amendoim. Ainda não se sabe a causa mas suspeita-se de insetos transmissores. Como os frutos contaminados são facilmente visíveis e assim evitados não há riscos significativos para a saúde humana.

Suflê de chuchu                                                                                    
 
5 chuchus médios
sal à gosto
1/2 xícara (chá) de leite
2 ovos (com as claras separadas)
3 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado 
1 colher (sopa) de margarina 
3 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 cebola pequena bem picadinha
salsa a gosto cortada bem pequena
1 colher (chá) de fermento em pó
2 claras batidas em neve

Tire a casca e parte branca central do chuchu e coloque-a a ferver com água e sal. Depois de cozidos, escorra bem a água e esprema no passador, ou passe pela peneira ou use um garfo fino. Coloque a margarina numa panela e refogue a cebola, junte a farinha de trigo e refogue um pouco.
Vá adicionando o leite aos poucos e mexendo sem parar até engrossar (fica tipo molho branco só que bem mais grosso). Retire do lume e acrescente as gemas, mexa rápido para não cozinhá-las. Depois acrescente o queijo ralado, a salsa, fermento em pó e o chuchu amassado. Bata as claras em neve (em picos bem firmes) e misture ao creme reservado, mexendo delicadamente. Coloque a mistura em uma forma para suflé (redonda e alta) untada com manteiga e polvilhada com queijo ralado, e leve ao forno quente 200 graus até dourar.

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