terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A preparação do terreno











A preparação do terreno é uma das principais tarefas para se obterem boas plantações, quer no jardim quer na horta.
A terra deve ser bem trabalhada para que as raízes das plantas se possam instalar fácil e rapidamente, retirando da mesma todas as substâncias de que se alimentam. 


  









Revolve-se a terra, desfazendo a crosta que se instalou, permitindo assim que circulem melhor a água e o ar.
Depois de toda a terra revolvida, desfaz-se os aglomerados até cerca de 20cm de profundidade, de forma a que a terra fique relativamente solta.











Retira-se da superfície as pedras e todos os elementos estranhos à terra que poderão mais tarde dificultar a plantação e posterior enraizamento.


Como se trata de agricultura biológica não adicionamos qualquer produto sintético à terra. Criámos um composto à base de produtos naturais existentes no terreno tais como, ervas, folhas,…
Este composto (compostagem) irá servir para adicionar à terra nutrientes que possa precisar para corrigir ou melhorar a qualidade do solo e que fique com todos os nutrientes que as plantas precisam para se desenvolverem.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Tulbaghia

Nome popular: Alho-social.
Nome científico:
Tulbaghia violacea Harv.
Família: Liliaceae.
Origem: África do Sul.
Época da floração: Ago-Out
Altura máxima: 45-60 cm
Extensão máxima: 25 cm


O Alho-social é uma planta herbácea, de ciclo de vida perene (vive mais de um ano), que fica em média de 40 a 60 cm de altura. Seu florescimento vistoso e delicado, e suas folhas possuem um leve aroma de alho. Na variedade hortícola “Tricolor” as folhas são verdes, branco-leitosas, e vermelho-bronzeadas, enquanto que na forma “Variegata” as folhas são verde-amareladas com margens brancas e róseas na base.
Suas flores são altas, com flores de cor lilás e formato estrelado, são formadas basicamente na primavera-verão.
Tem o cheiro característico do alho ou das cebolas. Este cheiro é bom contra os mosquitos e moscas. A planta tem uma atractiva flor roxa e por isso é muito usada em canteiros.

Como cuidar: O Alho-social pode ser cultivado em vasos, ou em canteiros, formando bordaduras ou conjuntos desenhados no jardim. A planta se desenvolve melhor quando plantada sob sol pleno, não sendo recomendáveis locais com muito sombreamento. Recomenda-se o plantio em terra bem fértil e com boa drenagem de água.
Apesar de tolerar bem o frio, podendo ser cultivado no sul do Brasil, ele também pode ser cultivado em regiões tropicais e subtropicais.

Observações: Herbácea perene, bulbífera, com 40 a 60 cm de altura, de florescimento vistoso. Folhas longas, carnosas, com aroma de alho. Na variedade hortícola “Tricolor” as folhas são verdes, branco-leitosas, e vermelho-bronzeadas, enquanto que na forma “Variegata” as folhas são verde-amareladas com margens brancas e róseas na base.
Inflorescências altas, com flores de cor lilás, estreladas, formadas na primavera-verão
 
Cultivo: Cultivada em vasos, bordaduras ou conjuntos desenhados, em canteiros de terra fértil, permeável, a pleno sol. Tolerante ao frio, porém pode ser cultivada em regiões subtropicais. Multiplica-se por sementes e pela divisão de bolbos.

Uso paisagístico
Apenas o género Tulbaghia, representado pela espécie T. violácea é conhecido no paisagismo. Devem ser cultivas a pleno sol, muito interessante para formação de maciços em grandes áreas ou criando bordaduras no meio aos canteiros ajardinados, quando floridas, apresentam interessante contraste da folhagem verde-escura com as inflorescências arroxeadas.

Fava

A fava (Vicia fava) é uma planta da família das leguminosas, agora renomeada Fabaceae, não trepadeira que produz vagens grandes, dentro das quais se formam as sementes. (Fabaceae, Papilionoideae). É um alimento de grande importância desde a Idade da Pedra. Povos antigos, tais como os Gregos, Egípcios e Romanos bem como em muitos países do Médio Oriente já a apreciavam bastante. É incerta a sua origem, no entanto, admite-se que seja da região do Cáspio e do Norte da África. É uma planta perfeitamente adaptada a climas mediterrâneos, onde tem um papel preponderante na dieta, especialmente no início da Primavera, quando existe pouca diversidade nas hortas. É muito rica em proteínas e carboidratos, embora pobre em vitaminas. Alcança cerca de 1,20 m de altura e produz flores grandes, brancas ou róseas, às vezes arroxeadas, com mácula preta.

Favas Guisadas à Alentejana 
 
Receita para 6 pessoas:
1,5 kg de favas descascadas
1 chouriço de boa qualidade
1 kg de entrecosto aos bocadinhos
1 morcela
1 cebola grande
4 dentes de alho
1 ramo grande de coentros
1 dl de azeite
1 copo de vinho branco
1 colher de sobremesa de colorau
1 colher de sopa de tomate
sal q.b.

Num tacho, põe-se a cebola, metade dos coentros, o azeite e o alho a refogar ligeiramente.
De seguida, junta-se o entrecosto, e 1/3 do chouriço, para refogar um pouco. Depois, junta-se o tomate, o colorau, o vinho branco, e tempera-se de sal.
Tapa-se o tacho, e deixa-se estar uns 15 minutos.

Finalmente, juntam-se as favas e a morcela, e acrescenta-se o caldo (com um pouco de água) de maneira a que fiquem cobertas, mas sem ser em excesso. Põe-se por cima das favas, o resto do chouriço, inteiro (não seca tanto enquanto cozinha).

Tapa-se o tacho, e deixa-se cozinhar em lume brando, o tempo necessário para que as favas fiquem tenrinhas. Se for na panela de pressão, este tempo, não ultrapassará os 20 minutos.

Assim, que estiverem cozidas, apaga-se o lume, e polvilham-se com o resto dos coentros picados.
Corta-se a morcela e o chouriço às rodelas, e está pronto a servir.

Bom apetite!   

Chuchu

Classificação cientifica

Reino:
Plantae
Divisão:
Magnoliophyta
Classe:
Magnoliopsida
Ordem:
Violales
Família:
Cucurbitaceae
Género:
Sechium
Espécie:
S. edule

chuchu (Sechium edule) é uma hortaliça-fruto, ou seja, um vegetal da categoria dos frutos; também é conhecido como machuchocaiota (Açores) ou pimpinela (ilha da Madeira). Existe em abundância na ilha da Madeira, principalmente junto aos cursos de água (ribeiras e nascentes). Em países latinos é conhecido como Chayote, enquanto em países de língua inglesa é conhecido por christophene, vegetable pear, mirliton, choko, starprecianté, citrayota, chow chow (India) or pear squash.
Apesar de ser uma hortaliça, ou seja, poder ser cultivada na horta caseira, é considerada um fruto, tal como o tomate (devido ao fato de suas sementes estarem dentro, resultado da fecundação do óvulo da flor, envolvidas pela parte comestível).
Sua origem é atribuída à América Central em países como Costa Rica e Panamá. Foi registrada pela primeira vez pelo botânico Patrick Browne em 1756. 
Segundo alguns historiadores, essa hortaliça-fruto já era cultivada no Caribe à época do descobrimento da América. É uma trepadeira herbácea da família das cucurbitáceas.
Era bem conhecida na antiguidade pelos astecas e tinha grande destaque entre as demais hortaliças cultivadas na época, devido ao seu sabor característico e bastante suave, podendo ser consumido durante o ano todo. De fácil digestão, rica em fibras e pobre em calorias, bom para um regime alimentar.
Na Madeira, é conhecida por pepinela ou pimpinela e faz parte da gastronomia local, sendo normalmente cozida com feijão com casca, batatas e maçarocas de milho para acompanhar pratos de peixe, normalmente caldeiradas.

Nutrientes: Destaca-se por ser uma fonte de potássio e fornecer vitaminas A e C. O chuchu é uma Cucurbitácea, tal como o pepino, as abóboras, o melão e a melancia.
Do chuchu nada é desperdiçado: podemos consumir as folhas, brotos e raízes da planta, depois de devidamente lavados. Os brotos refogados são ricos em vitaminas B e C e sais minerais como cálciofósforo e ferro.

Variações: Possui uma grande gama de frutos quanto à forma, tamanho e cor. Estes podem ser arredondados ou terem a forma de pêra, mais comummente encontrada nas feiras.
A casca pode ser lisa ou com espinhos, conforme a espécie, sua cor varia do branco ao verde bem escuro. No mercado há preferência pelos frutos de casca verde-clara, sem espinhos, com tamanho de 12 a 18 cm de comprimento (fruto graúdo) e 7 a 10 cm (fruto miúdo). Os frutos quando passados apresentam a casca sem brilho e amarelada e com a ponta mais larga começando a se abrir. Por ser um fruto muito frágil, machuca-se com facilidade e a casca escurece rapidamente quando danificada, portanto deve-se escolher os frutos com cuidado, evitando de ferí-los.
Podemos encontrá-lo já descascado, cortado em cubos e embalado com filmes de plástico, ao natural ou pré cozidos em mercados e locais de grande acesso público.

Conservação: Sempre certifique-se de que esse produto esteja exposto em gôndolas refrigeradas para garantir a sua adequada conservação, pois quando mantido em condição ambiente, estraga-se rapidamente. Os melhores preços de chuchu ocorrem entre os meses de junho a outubro. 
Plantação de chuchu nas Ilhas Reunião
Para conservá-lo, deve-se mantê-lo em condição ambiente entre 3 a 5 dias depois de colhidos, pois murcham muito rapidamente. Podemos conservá-lo por maior tempo entre 6 a 8 dias, na parte de baixo da geladeira, embalados em saco de plástico, caso contrário queimam-se com o frio pois são sensíveis a temperaturas baixas. O produto já descascado e picado conserva-se por até 3 dias após seu preparo, desde que mantido embalado em vasilha tampada ou em saco de plástico, na gaveta inferior da geladeira.
Para consumi-los não devemos comê-los crus, pois são duros para mastigar e quando os cortamos e o descascamos crus, devemos fazê-lo em baixo de água corrente pois estes têm um líquido que gruda nas mãos. Podem ser cozidos e refogados, podemos transformá-los em cremes, sopas, suflês, bolo ou salada fria. Para consumo como refogado ou salada, escolha os frutos mais novos e menores e com casca brilhante.
Quando os frutos estão maduros, com a parte de baixo se abrindo, são excelentes para a elaboração de suflês, pois são mais consistentes e têm mais fibra. A casca pode ser removida antes ou após o cozimento. Quando os frutos estão bem novos podem ser consumidos com casca e miolo.

Doenças: fungo Vassoura-de-bruxa já foi encontrada no Rio de janeiro, São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Paraná e mais recentemente no Espirito Santo causando extensos prejuízos aos produtores. Variações dessa doença também afetam o cacau, a batata-doce e o amendoim. Ainda não se sabe a causa mas suspeita-se de insetos transmissores. Como os frutos contaminados são facilmente visíveis e assim evitados não há riscos significativos para a saúde humana.

Suflê de chuchu                                                                                    
 
5 chuchus médios
sal à gosto
1/2 xícara (chá) de leite
2 ovos (com as claras separadas)
3 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado 
1 colher (sopa) de margarina 
3 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 cebola pequena bem picadinha
salsa a gosto cortada bem pequena
1 colher (chá) de fermento em pó
2 claras batidas em neve

Tire a casca e parte branca central do chuchu e coloque-a a ferver com água e sal. Depois de cozidos, escorra bem a água e esprema no passador, ou passe pela peneira ou use um garfo fino. Coloque a margarina numa panela e refogue a cebola, junte a farinha de trigo e refogue um pouco.
Vá adicionando o leite aos poucos e mexendo sem parar até engrossar (fica tipo molho branco só que bem mais grosso). Retire do lume e acrescente as gemas, mexa rápido para não cozinhá-las. Depois acrescente o queijo ralado, a salsa, fermento em pó e o chuchu amassado. Bata as claras em neve (em picos bem firmes) e misture ao creme reservado, mexendo delicadamente. Coloque a mistura em uma forma para suflé (redonda e alta) untada com manteiga e polvilhada com queijo ralado, e leve ao forno quente 200 graus até dourar.

Euryops

O género euryops é originário da África do Sul e pertence à família Asteraceae.
Em Portugal são muito utilizadas as espécies euryops pectinatus - folha cinzenta e  euryops chrysanthemoides - folha verde. São pequenos arbustos perenes, com folhas lobadas que podem atingir 1,2cm de altura.  
Têm uma floração abundante, de flores semelhantes às margaridas, amarelas com cerca de 5 cm de diâmetro. São de fácil cultivo, com um crescimento rápido. Devem ser regados com mais frequência em períodos quentes. Recomenda-se uma poda ligeira no Inverno para manter a forma redonda e estimular o crescimento de novos rebentos.

Amor-Perfeito

Nome Científico: Viola
Nome Popular: Amor-perfeito, amor-perfeito-de-jardim, violeta-borboleta
Família: Violaceae
Divisão: Angiospermae
Ciclo de Vida: Perene
Origem: Ásia e Europa
Habitat: A Viola ou Amor-Perfeito é uma espontânea que floresce especialmente na Península Ibérica.
Descrição: É uma planta herbácea, vivaz perene cultivada como anual, tem flores grandes, de cor vermelha e negro no centro, arredondadas. Possui folhas dentadas, de cor verde escuro, ovadas a cordiformes. Planta agrupada em montículos com muitos ramos, atingindo altura de 15-30 cm.
Sementeira: Março-Abril ou entre Maio-Setembro.
Transplantação: Março-Junho ou Outubro-Novembro.
Luz: Sol, meia-sombra ou sombra.
Solos: Ricos em matéria orgânica, húmidos e com boa drenagem.
Temperatura: Temperado, temperado-quente, resistente ao frio.
Rega: Regular, não encharcar o terreno.
Adubação: Durante o início do crescimento e floração. Fertilizante 5:10:5
Pragas e doenças: Caracóis, Lesmas, Fungos
Multiplicação: Semente
Colheita: Os Amores-Perfeitos são comestíveis se estiverem livres de pesticidas.

O amor-perfeito é a rainha dos jardins no inverno com uma beleza delicada que encanta toda a gente. É uma planta de porte pequeno, poderá atingir uma altura máxima de 20 cm e um diâmetro que varia entre os 30 e os 40 cm. São muito resistentes ao gelo.
Suas flores são grandes, perfumadas, muito vistosas e as suas cores agradáveis variam de amarelo, azul, roxo, branco, rosa. Apresenta ramagem verde-escura, macia e frágil. A floração inicia-se no inverno e permanece durante a primavera.
Deve ser cultivada sempre a pleno sol, em solos ricos em matéria orgânica regados frequentemente. É muito versátil, podendo ser plantada em vasos e jardins, formando maciços e bordaduras, muito bonitos e coloridos. Apesar de perene, requer que seja replantada anualmente, pois perde a beleza.
As pragas e/ou doenças que poderão afectar as violas são os caracóis, as lesmas e fungos.

Aplicações medicinais
Indicações: Abcessos, acnes, conjuntivites, dermatites, eczemas, erupções na pele, faringites, irritações nos olhos, inflamações da garganta, reumatismo, rugas na região dos olhos, sarampo, seborreia do couro cabeludo, secreções pulmonares, tosse.
 
Partes utilizadas: Toda a planta.
 
Contra-indicações/cuidados: O seu uso como diurético no caso de hipertensão, cardiopatía ou insuficiência renal moderada ou grave, só com controlo médico.
 Há risco de perda incontrolada de líquidos, possibilidade de produzir descompensação tensional ou eliminação excessiva de potássio, com potencialização dos efeitos de cardiotónicos.
 
 Modo de usar:
 - Folhas secas, pulverizadas: feridas;
 - Infusão de uma colher de flores e folhas secas numa chávena de água quente, deixar por 3 minutos: afecções do sangue, debilidade nervosa, cansaço, doenças cardíacas nervosas, icterícia. Beber 3 chávenas diárias, durante uma ou 2 semanas. Pode-se fazer compressas desta infusão em infecções cutâneas e gargarejo para feridas na boca ou garganta, bem como lavar os olhos;
 - Infusão: macerar, em um quarto de litro de água fria, 8g de flores e folhas secas de flor-seráfica, por uma noite. Pela manhã, adicionar, 100g de leite açucarado e ferver. Filtrar o líquido, ingerindo-o em jejum. Continuar este tratamento por três semanas;
 - Compressas com flores e folhas secas e esmagadas, misturadas com leite frio: feridas, chagas, úlceras.
 
Propriedades medicinais: Adstringente suave, anti-seborreica, anti-inflamatório, bactericida, calmante, colagoga, depurativa, diurética, emoliente, laxante, sudorífera, tónica.